Todo pescador brasileiro, de água doce ou salgada, conta histórias de moços que cederam aos encantos da bela Iara e terminaram afogados.
Ela deixa sua casa no fundo das águas no fim da tarde. Surge lindamente nas margens dos rios.
Metade mulher, metade peixe, cabelos longos enfeitados de flores vermelhas.
Quando canta, hipnotiza os pescadores. Um deles foi o índio Tapuia.
Certa vez, pescando, Ele viu a deusa, linda, surgir das águas. Resistiu. Não saiu da canoa, remou rápido até a margem e foi se esconder na aldeia. Mas enfeitiçado pelos olhos e ouvidos não conseguia esquecer a voz de Iara.
Numa tarde, morto de saudade, fugiu da aldeia e remou na sua canoa rio abaixo.
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Tapuia se jogou no rio e sumiu num mergulho, carregado pelas mãos da noiva. Uns dizem que naquela noite houve festa no chão das águas e que foram felizes para sempre.
Sereia com folhas de revistas
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