sexta-feira, 5 de agosto de 2011

poesia

Era uma vez…

Uma lagarta envergonhada,

Que pelo chão se rastejava,

E todo mundo debochava:

Que lagarta desengonçada,

Feia e maltratada!

Ninguém, dela, gostava,

As pessoas, ela, assustava.

Pobre Dona Lagarta…

Muito triste ficou,

E sentindo-se desprezada,

Em um casulo se fechou.

E assim…

Passaram-se os dias,

Ninguém, a sua falta, sentia,

Até que em belo cenário,

Enquanto o sol, a vida, aquecia,

E a rosa, o jardim, floria,

Em um galho pendurado,

O casulo se abria.

E uma linda borboleta,

De asas bem coloridas,

O casulo deixou,

Alegrando nossa vida.

E, todos viram o milagre,

Que a natureza preparou,

A feia e envergonhada lagarta,

Na borboleta se transformou.

Já não era desengonçada,

Mas, linda e cheia de graça,

E a todos superou.

Pois, não mais se rastejava,

Pelo contrário, voava,

O céu, enfim, conquistou. (Vera Ribeiro Guedes)

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